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terça-feira, 10 de abril de 2012

Família de náufrago continua buscas por conta própria no ES


Capitania dos Portos suspendeu as buscas na noite de domingo (8). Mergulhador está desaparecido no mar desde quinta-feira (5).



Foto: g1.globo.com


A família do mergulhador Arnaldo Schuwambach, 24 anos, que está desaparecido em alto-mar desde quinta-feira (5), disse nesta segunda-feira (9) que vai continuar as buscas por conta própria. Segundo a esposa dele, Talya Picoli Schuwambach, eles vão continuar fretando aeronaves particulares para sobrevoar o litoral do Espírito Santo. "A gente não vai desistir de jeito nenhum. Tenho certeza que ele está vivo", afirma.


A Capitania dos Portos do Espírito Santo comunicou, em nota, na noite deste domingo (8), que encerrou as buscas pelo mergulhador. Segundo a capitania, foram empregadas mais de 20 embarcações e 3 aeronaves, num período de 72 horas de busca, no total.


A família não se conforma com a decisão. "A expectativa da família é que a Capitania dos Portos reveja a decisão, porque é prematura. Estamos alugando aeronaves menores todos os dias, mais de uma vez por dia, com o apoio de amigos, empresários, gente que nem conhecemos. Precisamos desse apoio. Ainda não conseguimos um avião bimotor e precisamos de um para buscar mais longe. Ele pode estar em uma ilha, ou uma pedra", diz Talya.


Arnaldo e Talya se casaram há 17 dias. A esposa de Arnaldo conta que ele costumava assistir programas de sobrevivência em canais particulares. Segundo ela, ele tem mais de 10 anos de experiência no mar e é uma pessoa muito calma.


Talya disse que amigos mergulhadores mais experientes acreditam que Arnaldo já deve ter saído da divisa do estado e possivelmente está no Rio de Janeiro. "Pedimos clemência, para que a capitania ou qualquer outro órgão responsável faça contato com o Rio de Janeiro, porque ele pode estar lá. Eles não foram avisados ainda", afirma.


Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado pela Capitania dos Portos para apuração das causas e dos possíveis responsáveis pelo incidente. O prazo para conclusão do inquérito é de 90 dias.


A capitania informou que "continuará a publicar este evento em Aviso aos Navegantes para que todos que naveguem na região fiquem atentos para uma possível localização da vítima. Ainda, qualquer nova informação sobre o desaparecido poderá ser passada à CPES por meio do “Disque Denúncia” (27) 2124-6526".


Nesta segunda-feira (9), o irmão de Arnaldo, Arthur Schuwambach, sobrevoou o litoral norte do estado, de Vila Velha até Regência. "As condições são boas, tudo está ajudando. Temos muita esperança de que ele está vivo. Queremos uma resposta da capitana. Queremos que ela retome as buscas", diz Arthur.


Desaparecimento
Arnaldo está desaparecido desde a tarde de quinta-feira (5), depois de sair para mergulhar com os amigos, na Praia da Costa, em Vila Velha. O universitário Vinícius Barboza, de 21 anos, que nadou por quatro horas até ser avistado por um navio e ser resgatado pelo helicóptero da Polícia Militar, falou pela primeira vez sobre o momento em que o amigo Arnaldo Schuwambach, 24 anos, desapareceu.


Ele e Vinícius ficaram perdidos a cerca de 21 km de distância do litoral da Praia da Costa.


"A lancha não deu defeito. O rapaz que pilotava a lancha é muito experiente, pescador profissional, inlcusive. Ele é habilitado e estava correto. Somos amigos há muitos anos. O que aconteceu é que ele nos perdeu de vista. A gente via ele, mas ele não via a gente. Quando ele achou que não ia mais nos encontrar, voltou até onde dá sinal e fez contato com terra. Se ele não tivesse feito isso, com certeza não ia ter ninguém para me ver passando na hora que passei perto do navio. O piloto da lancha foi e voltou várias vezes, mas ele não nos via".


Segundo Vinícius, ele e Arnaldo estavam nadando juntos, mas não amarrados um ao outro. "Combinamos de nadar para terra, mas acabamos nos distanciando um do outro. E em um determinado momento não nos vimos mais", conta.


Desde que foi resgatado, Vinícius acompanha e auxilia as buscas. "Fiquei acordado o tempo todo, estou tentando fazer o máximo. Ele era muito meu amigo, fui padrinho do casamento dele mês passado. Nem sei o que dizer. É uma situação muito difícil", desabafa.

    Fonte: g1.globo.com via Marataízes.com.br.

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